6 de março de 2014

Porta-bandeira do Brasil, Arthur Zanetti quer repetir ouro nas argolas nos Jogos Sul-Americanos

Convite para abrir o desfile da delegação nesta 6ª-feira é uma motivação a mais para o ginasta, que defende o título de Medellín/2010 e busca boas notas para ajudar a equipe

 

Arthur vai ser o porta-bandeira do Brasil nos Jogos

Arthur vai ser o porta-bandeira do Brasil nos Jogos

São Caetano do Sul – O ginasta Arthur Zanetti, campeão olímpico e mundial nas argolas, vai ser o porta-bandeira do Brasil em sua primeira competição de 2014: os X Jogos Sul-Americanos, em Santiago, no Chile – a ginástica artística começa no sábado, com o feminino, e vai até terça-feira (8 a 11/3), no Ginásio Polidesportivo Estádio Nacional. “Fiquei muito feliz com o convite para ser porta-bandeira na cerimônia de abertura (nesta sexta-feira). Tanto por representar um país tão grande, com tantos atletas bons, quanto por ser uma experiência nova para mim”, disse Arthur. “Ser escolhido para representar a todos é bem legal.” Nos Jogos Sul-Americanos, vão competir 490 atletas brasileiros, distribuídos em 41 modalidades esportivas, entre os dias 7 e 18.

Arthur, de 23 anos, vai se apresentar neste domingo (9/3), quando todos os ginastas fazem a classificação e competem por equipes. Depois, se passar, volta a competir segunda e terça. Além da final nas argolas, Arthur gostaria de estar também nas decisões do solo e do salto. Na segunda-feira serão definidos os campeões no solo, cavalo e argolas. Na terça-feira, a disputa por medalhas será no salto, nas paralelas e na barra.

Arthur quer repetir o ouro nas argolas conquistado na última edição dos Jogos, em Medellín/2010, e ajudar a seleção brasileira masculina de ginástica artística a ficar novamente com o ouro. O ginasta sabe que não terá muitos adversários nas argolas – é o favorito, mesmo apresentando a sua série antiga, sem o elemento que leva seu nome, o Zanetti. Ainda é começo de temporada e a série principal não está 100% pronta – o objetivo principal do ano é o Mundial de Nanning, na China, em outubro. Mas tem o desafio pessoal de se apresentar bem no solo, talvez com uma nova série que vem preparando, e no salto.

Arthur terá a companhia de seus colegas de clube, a SERC/Santa Maria/Agith, em Santiago – Francisco Barreto, que estava na conquista do título da seleção em Medellín/2010, e Lucas Bitencourt. Ambos vão disputar todos os aparelhos na classificação, domingo (9/3).

Arthur fala sobre a competição e a temporada.

Os Jogos Sul-Americanos, uma competição de área sem os principais atletas do mundo, tem nível técnico inferior. Qual o significado dos Jogos para você?
Arthur – Vai servir como competição preparatória para o Mundial <i> (em Nanning, na China, em outubro)</i>. Se analisarmos, nas argolas não será uma competição difícil, não são muitos os adversários duros na área. Mas o que eu penso é que vai servir de base para eu me preparar e também para a preparação da equipe do Brasil para o Mundial.

É sua estreia na temporada. Você é o favorito nas argolas, mas qual a expectativa sobre o seu desempenho, já que os Jogos serão um teste?
Arthur – Eu quero ganhar nas argolas, mas estou mais preocupado com as minhas apresentações no solo e no salto, os outros aparelhos que vou fazer também. Nas argolas, sei que se acontecer alguma coisa dá para consertar, mas no solo e salto… Quero testar a minha nova série no solo e testar o meu novo salto também. Para mim, o grande objetivo neste Sul-Americano é fazer boas apresentações no solo e salto.

Vai apresentar sua série principal nas argolas, com o elemento Zanetti?
Arthur – Não vai ter nenhuma novidade nas argolas. Vou mostrar a mesma série do ano passado, minha série antiga. Neste momento da temporada, ainda no início, não estou a 100% ainda, não teria como fazer a série nova do jeito que queremos.

Mas você gostaria de mostrar sua série nova no solo. Tem muita novidade?
Arthur – Não tem muita diferença, mas melhora um pouco a pontuação. A minha série antiga sai de 16 e a nova de 16,20 – é a segunda passada que eu faço, a primeira diagonal, uma pirueta e meia dupla. Estou treinando desde o ano passado, mas nunca tive a oportunidade de apresentar em competição. E agora eu pretendo colocar para testar. Mas vamos ver o que o Marcos (Goto, seu técnico e da seleção) e o Vladimir (Vatkin, da seleção brasileira) definem. Eles vão dizer se vamos colocar ou não.

O seu principal objetivo da temporada é o Mundial.
Arthur – Sim, é o Mundial. Os Jogos Sul-Americanos e depois os Pan-Americanos (de 20/8 a 1/9, em Mississauga, Canadá) serão testes tanto para mim quanto para a seleção brasileira de ginástica artística masculina, que trabalha para ter uma equipe completa nos Jogos do Rio, em 2016.

Arthur Zanetti é atleta da SERC/Agith/São Caetano, tem patrocínio da Sadia, Furnas, adidas e CAIXA e apoio do COB, CBG e Bolsa Atleta/Ministério do Esporte.