O ginasta, que vai fazer argolas, solo e salto no Mundial de Glasgow, assegura que a sua prioridade é ir à final por equipes com a seleção, entre os oito melhores países
Arthur faz o solo em Nanning, em 2014: Brasil foi o 6º por equipes
São Paulo – O ginasta Arthur Zanetti está na reta final de sua preparação para o 46º Campeonato Mundial de Ginástica Artística, em Glasgow, Escócia. A primeira parada do campeão olímpico, mundial e pan-americano é o Rio – onde a seleção brasileira vem se preparando nos últimos meses. Depois os treinos serão em Anadia, Portugal, para a fase de aclimatação. No dia 17 de outubro, o grupo parte para a Escócia. “É fazer a manutenção e ajustar detalhes no solo, salto e argolas, especialmente nas chegadas. E, em Anadia, conseguir a adaptação, o mais rápido possível, aos aparelhos que usaremos no Mundial”, resume Arthur.
Arthur Zanetti recebeu a confirmação de seu nome na seleção brasileira com a inscrição do Brasil na Federação Internacional de Ginástica (FIG), na última semana, quando passou alguns dias em São Caetano do Sul (SP), revendo familiares e treinando na SERC/Agith, após o ouro da Copa do Mundo de Osijek (CRO). Na seleção também estão Lucas Bitencourt, companheiro de Arthur em São Caetano, Arthur Nory, Caio Souza, Francisco Barretto, Péricles da Silva e Diego Hypólito, comandados pelos treinadores Marcos Goto e Renato Araújo.
“O principal objetivo é pegar essa final por equipe. Aí, fizemos o nosso papel! E, então, cada um pensa no seu resultado individual. Eu vou querer bom resultado nas argolas, mas a equipe vem em primeiro lugar”, acentua Arthur, que investe em uma nova série de solo, com nota de partida um pouco mais alta que a anterior. “Se tudo der certo, minha nota pode ajudar a seleção”, explica.
“Minha preparação tem sido boa. Vamos tentar repetir o feito do ano passado, que é ficar entre os oito primeiros países por equipe. Eu tenho me esforçado para fazer bem os outros aparelhos e também as argolas para sempre somar a melhor nota possível para a equipe.”
Veja o programa do Mundial de Glasgow, de 23 de outubro a 1 de novembro
Gostinho do último Mundial
No Mundial de Glasgow, os oito primeiros colocados por equipe asseguram presença na Olimpíada, e do 9º ao 16º lugar, no Evento Teste, em abril de 2016, também no Rio, quando estarão em disputa mais quatro vagas. Os medalhistas por aparelhos conseguem vagas nominais, desde que os seus países não se qualifiquem.
O Brasil foi sexto colocado no Mundial de Nanning, na China, em 2014 – o melhor resultado da história para a equipe masculina do País. “Ficou esse gostinho”, diz Arthur. “Todo mundo quer essa vaga olímpica e acho que o grupo está unido”, completa. O Brasil nunca disputou os Jogos Olímpicos com uma equipe completa – cinco atletas – na ginástica artística masculina.
O técnico Marcos Goto reforça que os treinamentos em Anadia vão servir para a adaptação aos aparelhos que os ginastas encontrarão no Mundial. E também aponta a classificação olímpica como meta. “Estamos preparando a seleção para fazer o melhor que puder e conseguir o melhor que puder em termos de posição”, frisa Marcos. “Individualmente, para o Arthur? É fazer o melhor que ele puder pela equipe. O nosso objetivo é que cada um faça o melhor que puder para a equipe.”
Arthur Zanetti é atleta da SERC/Agith/São Caetano, tem patrocínio da Caixa, Bergamini, Embratel Claro e adidas e apoio de Furnas, Ibramed, Spieth, Eurotramp, COB, CBG e Bolsa Atleta/Ministério do Esporte.