O ginasta campeão olímpico e mundial volta a treinar após o ano novo para investir na “série perfeita” nas argolas e no trabalho para o desafio extremo de tentar a terceira medalha olímpica em Tóquio/2020
São Caetano do Sul – O ginasta Arthur Zanetti, campeão olímpico e mundial, encerrou a temporada 2019 e tira, a partir desta segunda-feira (16/12), um curto período de férias, até depois das festas de fim de ano, para voltar aos treinos totalmente focado na performance para os Jogos Olímpicos de Tóquio, Japão, em julho. Arthur Zanetti, que completa 30 anos em abril de 2020, é dono do primeiro e único ouro olímpico na ginástica artística, obtido nas argolas, em Londres/2012. E também tem a medalha olímpica de prata ganha no mesmo aparelho nos Jogos do Rio/2016.
Arthur Zanetti planejou férias regradas para este fim de ano, pensando na preparação final para o ciclo olímpico, sem ganhar peso e descansando. “2020 é um ano especial. Então, sei que vou ficar muito fora de casa, é um ano bem regrado – a gente se esforça muito. Vou fazer uma viagem de férias bem curtinha, depois ficar em casa, com a mulher, os cachorros e a família, com passeios curtinhos, dando descanso ao corpo. Natal e ano-novo será com a família, mas sem exageros.”
O ginasta sabe o quanto é grande o desafio de tentar uma terceira medalha olímpica nas argolas. O Mundial de Stuttgart (ALE), mostrou um elevado nível de performances no aparelho do programa masculino da ginástica artística, com poucos erros e séries eficientes de vários ginastas.
“Argolas é um aparelho em que a evolução foi enorme e entre os finalistas qualquer um pode ganhar. O Mundial mostrou que a diferença de notas é nada, algumas vezes nem um décimo, do primeiro ao quinto. É preciso pensar na perfeição – a gente sabe dos detalhes que precisa ajeitar – e fazer a saída cravada. É buscar a perfeição de ângulos dos movimentos, cuidar dos balanços de cabo e cravar a saída.”
Para Arthur, a principal conquista de 2019 foi a vaga olímpica por equipe – será a segunda vez que o Brasil terá uma equipe completa na ginástica artística masculina em uma Olimpíada. No Rio, em 2016, com um time completo a modalidade ganhou três medalhas, a prata de Arthur Zanetti, nas argolas, a prata de Diego Hypólito no solo e o bronze de Arhur Nory também no solo.
“O ano de 2019 foi pré-olímpico e, por isso, bem especial. O objetivo de classificar a equipe completa para a Olimpíada foi alcançado. Um ano de competições importantes, como os Jogos Pan-Americanos e o Mundial, torneios nacionais…. No geral, foi um bom ano e, o mais importante, comecei e terminei a temporada sem nenhuma lesão.”
No Mundial de Stuttgart, o nono de sua carreira, em outubro, o ginasta ficou em 5º lugar nas argolas (14.725) e em 10º com a seleção brasileira (247.236), com a vaga olímpica para Tóquio. Nos Jogos Pan-Americanos de Lima (PER), em julho, Arthur Zanetti levou o ouro por equipe (com Arthur Nory, Caio Souza, Francisco Barreto e Luís Porto e nota 250.450) e a prata nas argolas (14.400) – agora soma seis medalhas ganhas em Pans. No Brasileiros de Especialistas foi campeão nas argolas (15.050), no solo (14.150) e no salto (14.200).
Arthur Zanetti, que é terceiro sargento da Aeronáutica, também ganhou a medalha de prata nas argolas (14.700) nos Jogos Mundiais Militares de Wahan, na China. Ficou com o bronze no solo (14.633) e prata por equipe (243.526).
Arthur Zanetti é atleta da SERC/Agith/São Caetano, tem patrocínio da adidas, Caixa, FAB e Bolsa Atleta do Governo Federal.
Saiba mais: www.facebook.com/ArthurZanettiOficial e https://instagram.com/arthurzanetti.