5 de agosto de 2017

Arthur Zanetti ajuda São Caetano a se classificar para decisão do Brasileiro

O ginasta fez solo e salto e a SERC/USCS ficou com a segunda posição no geral passando para a disputa de medalhas, neste domingo (6/8/2017), no Pinheiros, em São Paulo                                             

São Paulo – O ginasta Arthur Zanetti lembrou com carinho dos Jogos Olímpicos do Rio e da conquista de sua segunda medalha olímpica, de prata, nas argolas, há um ano, quando foi ovacionado pela torcida no Parque Olímpico, depois da qualificação do Campeonato Brasileiro de Ginástica Artística, neste sábado (5/8/2017), no Pinheiros, em São Paulo. “Me marcou muito uma multidão em volta e todo mundo dando parabéns e gritando o meu nome”, recorda. No Brasileiro, o ginasta fez salto (14.600) e solo (14.300) e a SERC/USCS, de São Caetano, se qualificou em segundo lugar (239.950 pontos), depois do Pinheiros (245.100) e à frente da ADC São Bernardo (237.700), para a final deste domingo (6/8/2017), das 8h30 às 12 horas.

318275_720851_317868_719836_arthurzanetti_seletiva_pan_cred_osvaldo_f_contrape__6_

Arthur Zanetti sentiu dor no braço direito e foi poupado das argolas, aparelho em que é campeão olímpico, mundial e pan-americano.

“Os aparelhos que eu fiz eu gostei. Consegui fazer bem o primeiro salto, como eu queria. Voltei a fazer um segundo salto. No treinamento, eu já fiz um pouco melhor, mas o clima da competição é diferente – vai sair. E solo eu gostei bastante também. Tive pulos de 1 décimo ou praticamente cravados. Gostei!As notas são relativas, se a série foi boa é o que importa”, avaliou Arthur.

Veja o que Arthur falou após a qualificação no Brasileiro:

Como está a adaptação para esse novo código da ginástica?

Estou totalmente adaptado. Já passamos da metade do ano e todo o mundo já se adaptou. Ajeitamos as séries, é manter o trabalho e focar sempre no melhor resultado.

Como você avalia o nível dos participantes do Campeonato Brasileiro?

Sinceramente, eu não gostei muito não, tivemos muitas quedas nesta qualificação. Apesar que temos de entender que é um ano complicado. Um ano em que muitos estão se recuperando de lesão e cirurgias do ano passado. Por ser ano pós-olímpico estamos indo bem, todos estão se esforçando ao máximo e pensando no objetivo principal que é o Mundial (em Montreal, Canadá, em outubro).

O que você achou de o Campeonato Brasileiro ser seletivo para a montagem da seleção do Mundial?

Achei bom, todos devem se esforçar ao máximo para mostrar que merecem estar na seleção e seguir os critérios. Estamos no caminho certo. Vamos ver como segue o ciclo olímpico, até Tóquio/2020.

O nível mundial está muito acima do nível dos atletas brasileiros?

Não. Pelo que vemos nos campeonatos europeu, todos estão vindo de lesões… Então, acho que é um nível um pouco mais baixo na ginástica do mundo inteiro nesta temporada, exatamente por ser um ano pós-olímpico.

Há um ano estava começando a abertura dos Jogos. O que você guarda dos Jogos?

Eu lembro muito do clima olímpico, da nossa chegada, indo para os treinamentos, para o ginásio, competindo. Mas uma coisa que marcou bastante foi no pós-medalha, que eu fui a um estúdio no meio do parque olímpico e, de repente, juntou uma multidão em volta e todo mundo dando parabéns e gritando o meu nome. Foi um momento muito marcante para mim. Principalmente porque a minha família estava comigo.

Sobre o ciclo olímpico para o Japão.

Nossa, tem muito tempo pela frente, nada garantido ainda e sei que preciso trabalhar muito para estar nesses momentos. É um país que já visitamos, muito bom e de fácil adaptação. O mais complicado será a distância. Os familiares não poderão estar – provavelmente só os mais próximos, como pai e mãe… tios, avós provavelmente verão pela televisão mesmo.

A família acompanhar de perto, faz diferença pra você?

É legal sim, o suporte é a presença deles, não temos muito contato com eles durante a competição mas é uma festa para eles também. Qual a graça de ir embora na hora do parabéns? Então eles merecem estar lá também, cheguei ali muito por causa deles. É ótimo ter a presença deles.

Como você está se sentindo fisicamente?

O corpo está normal, estou me recuperando de algumas dores, mas coisas básicas, é só cuidar para não deixar aumentar e me tirar da principal competição do ano, que é o Mundial.

E qual a expectativa para este domingo?

De uma competição legal. São três atletas e três notas. É uma competição em que não se pode errar, se errar, tiver uma queda, vai entrar na nota. É um clima de Mundial, Olimpíada. É legal para estarmos preparados para quando numa competição internacional pegarmos final por equipes. Acho que é mais psicológico do que qualquer outra coisa, porque temos a obrigação de acertar a série. Não só acertar, como fazer bem feito para ajudar a equipe.

Arthur Zanetti é atleta da SERC/USCS/São Caetano, tem patrocínio da adidas, FAB, COB, CBG, Bolsa Atleta/Ministério do Esporte, e apoio da Spieth e Eurotramp.